A Casa da Alegria - Edith Wharton (1905)
(Contém revelações sobre a história do livro) O livro começa nos apresentando à nata da sociedade nova-iorquina do começo do século vinte lidando com problemas profundamente superficiais e desnecessários, o que comecei achando irritante e desmotivador na continuidade da leitura. Contudo, desde o começo existiram três aspectos que considerei interessantes e que me mantiveram minimamente engajado: o papel da mulher naquela sociedade, o universo que o livro apresentava e, por fim, uma fagulha de romance e saída para nossa protagonista. No segundo capítulo, Lily confabula: "Por que uma moça deveria pagar tão caro pelo menor desvio da rotina? Por que nunca era possível fazer algo natural sem precisar se ocultar atrás de uma estrutura de artifício?". Aqui a autora já demonstrava, por meio de sua personagem principal - a jovem, deslumbrante e inteligente Lily Bart - a situação de mulheres nessa sociedade, que as tolhia e criava regras artificiais que as aprisionava numa rede de subj...